Cada vez mais, na minha opinião, as pessoas dão menos valor
às relações que têm, sejam elas de que tipos forem ou melhor, cada um tenta
procurar uma ou mais pessoas com quem sabe que pode contar, mas atualmente é
muitas vezes difícil de se conseguir obter as mesmas.
Vivemos num mundo altamente competitivo em que muitas
pessoas prescindem de valores pessoais para chegarem onde querem ou para
conseguirem o que desejam. Isto aplica-se na vida profissional, mas também na
vida pessoal. Esta evolução da sociedade tende para que a população se torne
mais fria, determinada e calculista, onde o desprezo pelo outro já acontece em
muitas ocasiões.
Outro aspeto são as
diferenças óbvias que existem comparando as relações atuais com as de alguns
anos atrás. Antes estas eram para toda a vida (em muitos casos infelizmente, é
certo), hoje em dia existe um maior confronto entre as pessoas (que pode ser
positiva uma vez que os membros do casal têm a mesma “importância” numa
relação), ou seja, as relações passaram a não ser para a vida, mas para o
dia-a-dia. Se em pessoas mais adultas os divórcios são uma constante, nos
jovens isto também acontece, mas para uma grande parte as relações são vistas
como descartáveis a qualquer momento, sendo este aspeto a parte negativa das
relações atuais. O modo como as mesmas se desenvolvem mudou radicalmente,
existindo uma perspetiva pejorativa para tudo o que envolve compromissos.
O contacto entre as pessoas também mudou. As relações entre
as mesmas são menos pessoais, ou seja, são mais tecnológicas com o evoluir e o
surgimento constante de novas tecnologias, existindo um maior isolamento dos
indivíduos.
Assim, comparando as relações atuais com as de outros
tempos, verificamos uma grande diferença. Se, por um lado estas diferenças são
positivas, por outro lado estas têm vários aspetos negativos e até mesmo
preocupantes.